A humildade e a sabedoria, ou a sabedoria da humildade?
A máxima: “eu sei que nada sei”, dita por Sócrates, longe de ser uma atitude negativa em relação ao conhecimento é na verdade um reconhecimento da nossa ignorância e, reconhecer a própria ignorância, não é uma coisa muito fácil, pois na maioria das vezes temos que apresentar para o mundo nossa arrogância, orgulho e pedantismo.
Bem, já é difícil considerar que somos portadores de tais sentimentos e posturas. A nossa tendência é a de acharmos que estas atitudes são características das outras pessoas, aí pensamos:
– Eu não tenho tais sentimentos, não sou mau, sou uma pessoa boa!
Na verdade, às vezes, somos cegos e não vemos: a nossa arrogância, nosso pedantismo, nosso orgulho, ou seja, não somos humildes o suficiente para admitirmos ou para entendemos quem realmente somos, com isto perdemos a oportunidade de aprender.
Mas não quero aqui divagar a respeito de filosofia ou ficar deitando fora citações filosóficas. Gostaria que vocês me acompanhassem, aproveitando a máxima socrática e revisassem como este dito afeta o nossos cotidiano, como nós podemos usar “ eu sei que nada sei” no dia a dia.
Por vezes temos necessidade de impor nossa opinião, de que nossa palavra seja a palavra absoluta. Não paramos de falar, talvez para não prestarmos atenção a tudo que nos cerca, para não entendermos os nossos próprios erros. Desta forma a vida fica sofrida.
Certo é que se observássemos mais as situações, se ouvíssemos mais e aprendêssemos mais com os outros, poderíamos chegar muito perto de sermos pessoas de sabedoria.