O Julgamento nosso de cada dia

O Julgamento nosso de cada dia

 

O que é julgamento?
Segundo o Novo Aurélio:
“… Julgamento é ato de julgar. Sentença, decisão…”.

Estamos o tempo todo avaliando: coisas, situações ou pessoas. Fazemos isto por necessidade de rotular, para nos sentirmos mais confortáveis. Como se tivéssemos que colocar tudo sempre em caixinhas etiquetadas para não perdermos as referências das coisas.

E quando resolvemos nos julgar?

Estamos falando agora de auto julgamento. Este tipo de atitude é muito comum entre nós, passamos o tempo todo nos comparando com uma imagem de “um ser ideal”. Esta imagem varia de pessoa para pessoa, mas tem uma coisa em comum: este “ser ideal” será sempre “perfeito”. Nada chega perto desta “Perfeição”.

Por mais que nos esforcemos nunca conseguiremos alcançar a perfeição idealizada, isto causa muito sofrimento.

Podemos imaginar como acontece este processo:

Se somos altos, desejamos ser mais baixos. Se somos baixos, desejamos ser mais altos. Se dirigimos bem, temos que ser pilotos de corrida. Se somos inteligentes, temos que ser gênios.

Ora! Deste ponto de vista nada será o suficiente. Este é um grande equívoco que cometemos conosco. A vida fica muito difícil assim!

Claro que devemos buscar sermos melhores, mas temos que tomar cuidado para não entrarmos em um processo de busca infinita pelo impossível, julgando sempre que estamos aquém dos sentimentos, das coisas, das pessoas, das situações, etc. Cada vez que chegamos perto do almejado, passamos a desprezar o que conseguimos.

Muitas vezes somos extremamente complacentes com os outros, somos tão “bonzinhos” que acabamos por nos tornarmos “bobinhos”. Porém, quando pensamos em nós e em nossas vidas não agimos assim. Nos tornamos cruéis, rígidos, incompreensíveis. Se formos implacáveis no auto julgamento estaremos nos sabotando.

Esta atitude faz com que não reconheçamos nossos méritos e as nossas conquistas. Na verdade agindo assim, minamos nossa auto-estima, deixando de gostar de nos mesmos.

Fiquemos atentos para não nos tornarmos nossos próprios carrascos.

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